O melhor da cozinha brazileira



 O melhor da cozinha brasileira
Nosso país é uma festa de aromas, texturas e sabores, com mesclas de ingredientes e combinações perfeitas. Um verdadeiro banquete de nutrientes com as mais variadas influências, que nos levam ao resgate de nossa história

Por Josiane Strey / Fotos: Danilo Tanaka / Produção: Janaina Resende

Foto: Danilo Tanaka / Produção: Janaina Resende Temperos raros, iguarias apuradas e condimentos especiais formam esse Brasil de inúmeras facetas, que nos oferece diariamente deliciosos passaportes sensitivos. Para muitos que aqui vivem, o simples ato de comer pode ser definido como uma das maravilhas do mundo. Porém, com tamanha variedade de receitas, surge a dúvida: é possível se alimentar de forma saudável? Excessos à parte, a resposta é sim.
Segundo Raquel Botelho, nutricionista da Universidade de Brasília (UnB), analisar as especiarias e a refeição montada é a principal dica. “É importante ver se o prato apresenta muitos embutidos, o que significa excesso de sódio e também de gordura. Aqui podemos citar pratos como linguiças, salsichas, presunto e até queijo. Além disso, o brilho intenso da comida revela mais gordura em seu preparo.”
Mas ter uma alimentação balanceada não significa ter de renunciar aos prazeres da mesa. Desde que em quantidades moderadas, tudo é possível e permitido.
Mais do que o país do futebol, do samba e da diversidade étnica, o Brasil é terreno fértil na culinária. Das receitas exóticas, à base de peixes dos rios e frutas tropicais, ao refinamento da cozinha internacional, o que se vê é uma riqueza de costumes e paladares regionais.

Recheados de nutrientes, nossos pratos típicos escondem benefícios para a saúde. Apesar disso, vale ressaltar que, assim como tudo que é consumido em excesso, pode ser prejudicial à saúde. Agora, como fazer para aproveitá-los sem peso na consciência? “Por serem pratos especiais, nos damos o direito de exagerar e aí é que mora o perigo”, expõe Vânia Soares Barberan,nutricionista clínica colaboradora da Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro (Anerj).
A especialista diz que o problema da alimentação dos brasileiros não está nas comidas regionais, mas na mudança de hábito para uma alimentação mais globalizada. “As pessoas se permitem comer comidas pouco saudáveis fora de casa e quase todas as refeições são externas. Sendo assim, as ‘tentações’ não são mais a exceção, mas sim, fazem parte do nosso cotidiano”, analisa. Vânia ainda orienta que quanto mais colorido e variado for o prato e a rotina alimentar, mais nutrientes são absorvidos pelo corpo que está em constante desenvolvimento.

Passagem para a saúde
Quando se fala em Brasil, um dos pratos emblemáticos mais lembrados é a feijoada, que reúne ingredientes de várias cozinhas, fáceis de serem obtidos, e que fazem desse um prato muito bem-aceito e bastante consumido em diversas regiões. A nutricionista Raquel dá a dica de modificar essa receita, sem descaracterizá-la, diminuindo o sal e a gordura, como uma alternativa mais saudável. “No caso da feijoada, faça uma fervura prévia das carnes e da linguiça. Troque a água duas vezes nessa fervura. A linguiça também pode ser pré-assada no forno médio por cerca de dez minutos para que a gordura derreta e saia. Não é preciso adicionar óleo para refogar os temperos, mas, se necessário, use bem pouco. Abuse dos temperos como louro e cheiro-verde”, indica.

Dieta mista e equilibrada
Para quem aprecia uma boa comida, mas não abre mão da saúde, vale lembrar também que a dieta deve ser mista e equilibrada, com quantidades adequadas de todos os nutrientes, sejam eles carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e sais minerais.
Porém, o preparo das refeições deve ser observado para que nenhuma dessas propriedades se perca. “Existem inúmeras maneiras de você trabalhar com o alimento, mas é essencial saber dar os tempos certos de cozimento para verduras, legumes, massas, grãos e carnes, afirma. “Utilizar cocção (cozimento) a vácuo é uma das técnicas que fazem manter o valor nutritivo de de cada alimento sem perder o seu sabor e suas principais características”, aponta o chef Charlie Tecchio Colonetti (RS).
“Quando processamos ou cozinhamos, estamos alterando de alguma forma aquela composição, seja por conta do aquecimento, do congelamento, pelo corte ou trituração. Ao fazermos isso, expomos o alimento ao meio ambiente e já começamos a ter um processo de alteração enzimática ou oxidativa”, completa a nutricionista Vânia.

Brasil de todos os sabores
Agora, para dar água na boca, vamos fazer uma viagem gastronômica por nossa terra, do calor picante do Nordeste ao clima temperado do Sul. A nutricionista e educadora alimentar Roberta Escolástico, da Clínica Ser (BA), nos ajuda a desvendar qual é o prato típico mais saudável e nutritivo de nosso país:

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