Valor da cesta básica varia 23% entre supermercados



Valor da cesta básica varia 23% entre 

supermercados

A dona de Alice Gois pesquisa preços antes de comprar nos supermercados
A dona de Alice Gois pesquisa preços antes de comprar nos supermercados Foto: Extra / Nina Lima

Andréa Machado
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Um mês depois de a presidente Dilma Rousseff zerar e diminuir tributos de 13 alimentos — que compõem a cesta básica do brasileiro — e três itens de higiene pessoal, os consumidores continuam sem sentir no bolso a desoneração. Para minimizar o impacto dos preços altos, o melhor jeito é pesquisar. E um levantamento feito pelo EXTRA em 12 supermercados mostra que a variação do valor total da cesta básica é de até 23% entre as lojas.
Amanhã, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) irá divulgar a nova Pesquisa da Cesta Básica que, ao tudo que indica, não mostrará redução dos valores.
— Em mais três ou quatro meses vamos sentir os efeitos da desoneração (da cesta). É difícil ver o impacto dessa medida em apenas um mês. E, nesta pesquisa, a alta do preço do tomate deve mascarar as altas e baixas de todos os outros produtos — explicou Cloviomar Cararine, coordenador do Dieese no Rio.
A dona de casa Alice Gois, de 48 anos, está impressionada com os altos preços de vários alimentos. Para economizar, ela pesquisa:
— Procuro aproveitar os dias de promoção do açougue, do hortifruti, para pagar menos. E, mesmo assim, faço pesquisa de preços. Só compro aos poucos, e em supermercados populares.
Referência desde 1938
A cesta básica como conhecemos hoje — composta por 13 itens — foi definida com base no Decreto Lei 399 de 1938, que estabeleceu parâmetros legais para uma cesta de alimentos. Ela seria suficiente para o sustento de um trabalhador em idade adulta, com quantidades balanceadas de proteínas, calorias, ferro, cálcio e fósforo.
Ainda considerando os hábitos alimentares de cada região do país, foram calculadas as quantidades para cada produto. Esses dados são referência para o governo federal e para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que calcula o valor da cesta básica mensalmente em todo o país.
Para Vânia Barberan, nutricionista e colaboradora do Conselho Regional de Nutricionistas do Rio, apesar de muito antiga, a cesta, "felizmente", não está defasada:
— A cesta é funcional, voltada para trabalhadores que precisam de energia para executar o serviço. Ela serve como referência para fazer o cálculo, mas não como referência de cesta básica. Cadê os legumes? E as verduras? Ninguém vive só de batata e de banana.


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